segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Como a morte é vista em diferentes religiões e doutrinas?

Como a morte é vista em diferentes religiões e doutrinas?

(Carolina Nascimento)


De maneira geral, cristãos, islâmicos e judeus acreditam que após a morte há a ressurreição. Já os espíritas crêem na reencarnação: o espírito retorna à vida material através de um novo corpo humano para continuar o processo de evolução. Algumas doutrinas acreditam que as pessoas podem renascer no corpo de algum animal ou vegetal. Em algumas religiões orientais, o conceito de reencarnação ganha outro sentido: é a continuação de um processo de purificação. Nas diversas religiões, o homem encara a morte como uma passagem ou viagem de um mundo para outro.


Filosofia
A sobrevivência do espírito humano à morte do corpo físico e a crença na vida e no julgamento após a morte já era encontrada na filosofia grega, em especial em Pitágoras, Platão e Plotino. Já Sartre, filósofo francês, defendia que o indivíduo tem uma única existência. Para ele, não há vida nem antes do nascimento e nem depois da morte.


Doutrina niilista.

Sendo a matéria a única fonte do ser, a morte é considerada o fim de tudo.


Doutrina panteísta

O Espírito, ao encarnar, é extraído do todo universal. Individualiza-se em cada ser durante a vida e volta, com a morte, à massa comum.


Dogmatismo Religioso

A alma, independente da matéria, sobrevive e conserva a individualidade após a morte. Os que morreram em 'pecado' irão para o fogo eterno; os justos, para o céu, gozar as delícias do paraíso.


Budismo
O Budismo prega o renascimento ou reencarnação. Após a morte, o espírito volta em outros corpos, subindo ou descendo na escala dos seres vivos (homens ou animais), de acordo com a sua própria conduta. O ciclo de mortes e renascimentos permanece até que o espírito liberte-se do carma (ações que deixam marcas e que estabelece uma lei de causas e efeitos). A depender do seu carma, a pessoa pode renascer em seis mundos distintos: reinos celestiais, reinos humanos, reinos animais, espíritos guerreiros, espíritos insaciáveis e reinos infernais. Estes determinam a Roda de Samsara, ou seja, o transmigrar incessante de um mundo a outro, ora feliz e angelical, ora sofrendo terríveis torturas, brigando e reclamando. Em qualquer um destes estágios as pessoas estão sujeitas a transformações.

De acordo com o Livro Tibetano da Morte, existem 49 etapas, ou 49 dias, após a morte. Os monges oram para que as pessoas atinjam a Terra Pura - lugar de paz, tranqüilidade e sabedoria iluminada - ou renasçam em níveis superiores. Para libertar-se do carma e alcançar a iluminação ou o Nirvana, o ciclo ignorância, sede de viver e o apego às coisas materiais deve ser abolido da mente dos homens. Para isso, a doutrina budista ensina a evitar o mal, praticar o bem e purificar o pensamento. O leigo deve praticar três virtudes: fé, moral e benevolência. Para eles, todo ser humano é iluminado, embora não tenha consciência disso.

 

Hinduísmo
A visão hindu de vida após a morte é centrada na idéia de reencarnação.

Para os hinduístas, a alma se liga a este mundo por meio de pensamentos, palavras e atitudes. Quando o corpo morre ocorre a transmigração. A alma passa para o corpo de outra pessoa ou para um animal, a depender das nossas ações, pois a toda ação corresponde uma reação - Lei do Carma. Enquanto não atingimos a libertação final - chama de moksha -, passamos continuamente por mortes e renascimentos. Este ciclo é denominado Roda de Samsara, da qual só saímos após atingirmos a Iluminação.

No hinduísmo, a alma pode habitar 14 níveis planetários distintos (chamadosa Bhuvanas) dentro da existência material, de acordo com seu nível de consciência. Quando se liberta, a alma retorna ao verdadeiro lar, um mundo onde inexistem nascimentos e mortes.
Os hindus possuem crenças distintas, mas todas são baseadas na idéia de que a vida na Terra é parte de um ciclo eterno de nascimentos, mortes e renascimentos.


Islamismo (Religião Muçulmana)

Para o islamismo, Alá (Deus) criou o mundo e trará de volta a vida todos os mortos no último dia. As pessoas serão julgadas e uma nova vida começará depois da avaliação divina. Esta vida seria então uma preparação para outra existência, seja no céu ou no inferno.
Quando a pessoa morre, começa o primeiro dia da eternidade. Ao morrer, a alma fica aguardando o dia da ressurreição (juízo final) para ser julgado pelo criador. O inferno está reservado para as almas 'desobedientes', que foram desviadas por Satanás. No Alcorão, livro sagrado, ele é descrito como um lugar preto com fogo ardente, onde as pessoas são castigadas permanentemente. Para o paraíso, vão as almas que obedeceram e seguiram a mensagem de Alah e as tradições dos profetas (entre eles, os cinco principais: Noé, Abrão, Moisés, Jesus filho de Maria e Mohammed). No Alcorão, o paraíso é descrito como um lugar com rios de leite, córregos de mel e outras belezas jamais vistas pelo homem.

 

Espiritismo
Defende a continuação da vida após a morte num novo plano espiritual ou pela reencarnação em outro corpo. Aqueles que praticam o bem, evoluem mais rapidamente. Os que praticam o mal, recebem novas oportunidades de melhoria através das inúmeras encarnações. Crêem na eternidade da alma e na existência de Deus, mas não como criador de pessoas boas ou más. Deus criou os espíritos simples e ignorantes, sem discernimento do bem e do mal. Quem constrói o céu e o inferno é o próprio homem.


Pela teoria, todos os seres humanos são espíritos reencarnados na Terra para evoluir. A morte seria apenas a passagem da alma do mundo físico para a sua verdadeira vida no mundo espiritual. E mesmo no paraíso, acredita-se que o espírito esteja em constante evolução para o seu aperfeiçoamento moral.


As almas dos mortos ligam-se umas às outras, em famílias espirituais, guiadas pela sintonia entre elas. Consequentemente, os lugares onde vivem possuem níveis vibratórios diferentes, sendo uns mais infelizes e sofredores, e outros mais felizes e plenos.
Muitas escolas espiritualistas - não todas - defendem a idéia da sobrevivência da individualidade humana, chamada espírito, ao processo da morte biológica, mantendo suas faculdades psicológicas intelectuais e morais.

 

Igreja evangélica

Como no catolicismo, os evangélicos acreditam no julgamento, na condenação (céu ou inferno) e na eternidade da alma. A diferença é que o morto faz uma grande viagem e a ressurreição só acontecerá quando Jesus voltar à Terra, na chamada 'Ressurreição dos Justos', ou, então, aqueles que forem condenados terão uma nova chance de ressurreição no 'Julgamento Final'. Os que morrerem sem Cristo como seu Deus também receberão um corpo especial para passar a eternidade no lago de fogo e enxofre.


Igreja Adventista do Sétimo Dia.

Na Igreja Adventista do Sétimo Dia, os mortos dormem profundamente até o momento da ressurreição. Quem cumpriu seu papel na Terra recebe a graça da vida eterna, do contrário desaparece.

Igreja Batista.

Crêem na morte física (separação da alma do corpo físico) e na morte espiritual (separação da pessoa de Deus). Os que, após a morte física, acreditam ou passam a confiar em Jesus Cristo, vão para o Paraíso onde terão uma vida de paz e felicidade. Com a morte espiritual, a alma vai para o Inferno para uma vida de angústia, sofrimento, dor e tormentos.


Catolicismo
A vida depois da morte está inserida na crença de um Céu, de um Inferno e de um Purgatório. Dependendo de seus atos, a alma se dirige para cada um desses lugares.

A alma é eterna e única. Não retorna em outros corpos e muito menos em animais. Crê na imortalidade e na ressurreição e não na reencarnação da alma. A Bíblia ensina que morreremos só uma vez. E ao morrer, o homem católico é julgado pelos seus atos em vida. Se ele obtiver o perdão, alcançará o céu, onde a pessoa viverá em comunhão e participação com todos os outros seres humanos e, também, com Deus. Se for condenado, vai para o inferno. Algumas almas ganham uma chance para serem purificadas e vão para o purgatório, que não é um lugar, e sim uma experiência existencial da pessoa. Quem for para o céu ressuscitará para viver eternamente. Depois do Juízo Final, justos e pecadores serão separados para a eternidade. Deus julga os atos de cada pessoa em vida de acordo com a palavra que revelou através de Seu Filho, com os ideais de amor, fraternidade, justiça, paz, solidariedade e verdade.


Judaísmo
O judaísmo crê na sobrevivência da alma, mas não oferece um retrato claro da vida após a morte, e nem mesmo se existe de fato.
O judaísmo é uma religião que permite múltiplas interpretações. Algumas correntes acreditam na reencarnação, outras na ressurreição dos mortos. Enquanto a reencarnação representa o retorno da alma para um novo corpo, a ressurreição é definida como o retorno da alma ao corpo original.
Para os judeus, a lei permite à pessoa que vai morrer pôr a sua casa em ordem, abençoar a família, enviar mensagem aos que lhe parecem importantes e fazer as pazes com Deus. A confissão in extremis é considerada importante elemento na transição para o outro mundo.


Candomblé
Não existe uma concepção de céu ou inferno, nem de punição eterna. As almas que estão na terra devem apenas cumprir o seu destino, caso contrário vagarão entre céu e terra até se realizar plenamente como um ser consciente e eterno.

Os cultos afro-brasileiros acreditam que os mistérios da vida e da morte são regidos por uma Lei Maior, uma força divina que dá o equilíbrio divino ou eterno. O Candomblé vê o poder de Deus em todas as coisas e, principalmente, na natureza. Morrer é passar para outra dimensão e permanecer junto com os outros espíritos, orixás e guias. Trabalha com a força da natureza existente entre terra (Aìyê) e o céu (Òrun). Nos cultos afros, o assunto de vida após a morte não é bem definido.

Na Terra, o objetivo do homem é realizar o seu destino de maneira completa e satisfatória. Ao cumprir o seu destino na Terra, o ser humano está pronto para a morte. Após a morte, o espírito será encaminhado ao Òrun, para uma dimensão reservada aos seres ancestrais, ou seja, eternos. O ser humano pode ser divinizado e cultuado. Caso o seu destino não seja cumprido, os espíritos ficarão vagando entre os espaços do céu e da terra, onde podem influenciar negativamente os mortais. Como não se realizaram plenamente, estes espíritos estão sujeitos à reencarnação. Já as pessoas vivas que sofrem as suas influências negativas, precisam passar por rituais de limpeza espiritual para reencontrar o equilíbrio.

 

Umbanda
A Umbanda sofre influências de crenças cristãs, espíritas e de cultos afros e orientais. Como não existe uma unidade ou um 'livro sagrado', alguns umbandistas admitem o céu e o inferno dos cristãos, enquanto outros falam apenas em reencarnação e Carma.

Na Umbanda, morte e nascimento são momentos sagrados, que marcam a passagem de um estado a outro de manifestação espiritual, morremos para um lado e nascemos para outro lado da vida, o que nos aguarda do outro lado depende de nós mesmos.
A Umbanda explica o universo através de sete linhas, regidas por Orixás. Ao morrer, a pessoa será atraída por estes mundos espirituais. A matéria é apenas um dos caminhos para a evolução do espírito. Sendo assim, a morte é uma etapa do ciclo evolutivo, sendo a reencarnação a base da evolução. O objetivo maior do nascimento e da morte é a harmonização e a evolução consciente do espírito. Após morte, o ser humano leva consigo suas alegrias, sua fé, suas crenças, suas mágoas e suas dores. E terá que lidar com elas, sempre contanto com o auxílio dos espíritos mais evoluídos que o recepcionarão no outro lado da vida e o ajudarão na sua adaptação no mundo espiritual.
Com a morte do corpo físico, os espíritos bons podem se tornar protetores, enquanto os maus (espíritos de pouca evolução, devido às poucas encarnações) podem virar perturbadores. Os mortos (desencarnados) podem ser contatados, ajudados ou afastados.



FONTE: Como a morte é vista em diferentes religiões e doutrinas? - Ensino Religioso - Disciplina - Ensino Religioso (seed.pr.gov.br)

Acessado em 18/06/2009 no sitio Época. Link não encontrado no dia 29/12/2009. Todas as modificações posteriores são de responsabilidade do autor original da matéria.


sexta-feira, 24 de abril de 2020

ENSINO RELIGIOSO - SÍMBOLOS RELIGIOSOS


  Relacione qual símbolo identifica com qual religião. 

a) Estrela de Davi

b)Cruz

         c) Lua crescente com estrela


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        EXERCÍCIOS

1 - Qual religião a Estrela de Davi representa?

2 - A Cruz representa qual religião mundial?

3 - A lua crescente com uma estrela representa qual religião?

ENSINO RELIGIOSO - POR QUE ESTUDAR ENSINO RELIGIOSO (PARTE II)


Há quatro grandes temas que fundamentam esse ensino. Neste texto I abordamos: a compreensão da história e a interpretação da cultura. E neste texto II, trataremos do: A busca de sentido e Compreensão da experiência religiosa.

A busca de sentido
As perguntas fundamentais da existência humana - De onde vim? Para onde vou? etc.  Não são apenas capricho de mentes desocupadas. Elas compõem a busca necessária ao desenvolvimento humano. O papel fundamental da educação é abrir possibilidades de respostas, para que o sentido da vida vá além da própria vida.
O objetivo do Ensino Religioso não é responder às questões, mas criar condições para que essa reflexão se dê num ambiente educativo onde haja espaço para o diálogo, o debate, a pesquisa e a síntese pessoal e coletiva.

Compreensão da experiência religiosa
O que caracteriza a experiência é a mudança gerada na relação sujeito e fato (acontecimentos).
Toda grande mudança nasce de um momento interior, íntimo, vivido na relação com o eu e o não eu. Por isso, podemos dizer que a experiência corresponde sempre a um aspecto de envolvimento pessoal e um aspecto de interpretação do que foi vivido. Paulo Freire, sobre isso, diz o seguinte:
“O homem é um ser que está no mundo e com o mundo. Se apenas estivesse no mundo não haveria transcendência nem se objetivaria a si mesmo. Mas como pode objetivar-se, pode também distinguir entre um eu e um não-eu. Isso o torna um ser capaz de relacionar-se; de sair de si; de projetar -se nos outros; de transcender. Essas relações não se dão apenas com os outros, mas se dão no mundo, com o mundo e pelo mundo, nisso se apoiaria o problema da
religião”. (FREIRE, 1981)
A religiosidade é inerente ao ser humano. Se não a educamos estamos
empobrecendo a sua humanidade. Dessa forma, o ER deve criar condições para que o educando possa interpretar suas experiências religiosas, trazê-las ao nível consciente e, assim, gerar mudanças significativas na própria vida e nas relações sociorreligiosas.

1.    Qual o objetivo do Ensino Religioso na busca de Sentido humano?
2.    Qual são as possibilidades que o Ensino Religioso cria para o Educando?
3.    O que você entendeu da frase do Paulo Freire sobre a religião?

sábado, 18 de abril de 2020

Divindade (TEXTO I e II) - Conceito e Significado


O termo divindade é sinônimo de Deus ou deidade, ou seja, um ser supremo idolatrado pelos humanos que exerce algum poder sobre eles. Ao longo da história da humanidade existem várias maneiras de entender o termo divindade e cada uma delas tem formado uma tradição religiosa e cultural. As mais variadas divindades são avaliadas como força de ordem superior e, ao mesmo tempo, como entidades criadoras e sagradas.

I.             As divindades da mitologia grega

Na mitologia grega existe uma pluralidade de deuses, pois se trata de uma concepção politeísta. Há quatorze deuses, também chamados de deuses do Olimpo porque seu lar se situava no Monte Olimpo. Um deles é Zeus, o pai dos deuses e que governa o universo. Poseidon é o deus dos mares e dos terremotos. Atena é a representação divina da sabedoria, da guerra e das artes. Apolo é filho de Zeus e irmão de Artemisa que é uma das deusas mais adoradas, pois se identifica com a verdade e sua natureza tem relação com as doenças humanas e as forças do mal. As divindades gregas tem relação direta com a natureza e foram incorporadas pela civilização romana.
II.            O conceito Deus nas religiões monoteístas
O judaísmo, o cristianismo e o islamismo são três religiões monoteístas. Embora cada uma delas tenha suas próprias doutrinas e dogmas, há um elemento em comum: a crença em apenas em uma divindade.
A divindade cristã tem uma característica única, já que a natureza de Deus é a Trindade, isto é, formada por três pessoas em uma só: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. O dogma da trindade é majoritário dentro do cristianismo, mas algumas igrejas não aceitam plenamente, por exemplo, as testemunhas de Jeová e os Mórmons.
No judaísmo, acredita-se em um Deus que se revela ao povo judeu e que tem influência na história para que os judeus alcancem sua libertação. Trata-se de um Deus não acessível e, ao mesmo tempo, próximo ao seu povo. É o criador de tudo o que existe.No Islamismo, Deus ou Alá é um ser único, onipotente e criador do universo em sua totalidade. Ao mesmo tempo, deve ser adorado e obedecido pelos seres humanos.
TEXTO II:
Outras maneiras de entender o conceito divindade
Quem não crê em uma divindade suprema é considerado um ateu, enquanto que aquele que não nega sua existência, mas considera que se trata de um conceito que vai além da compreensão humana é um agnóstico.
Por outro lado, existem pensamentos filosóficos que abordam a ideia de Deus a partir de várias perspectivas: como uma força superior que dirige e rege o universo, mas que não interfere na história da humanidade ou como uma ideia que deve ser interpretada para compreender as diferentes tradições culturais
1.            Pesquise no dicionário o significado da palavra: deidade, sagrado.
2.            Qual a principal característica da  divindade cristã?
3.            Defina o que é Trindade para os cristãos.
4.            Quais igrejas cristãs não acreditam no conceito de Trindade?
5.            O que é Deus para os judeus?
6.            Como é chamado o Deus do Islamismo?
7.            O que  é um Agnóstico?
8.            O que é um Ateu?
9.            Quais são as outras expectativas sobre a ideia de Deus?
10.         Por que Zeus é considerado o líder dos deuses na mitologia grega?
11.              Escolha um deus da mitologia grega e descreva sobre ele(a)? 

Crenças e suas influências (TEXTO I)


Todos temos crenças, todos acreditamos em algo, mais poucos param ou já pararam para refletir sobre o quanto as suas crenças têm influenciado as suas ações, atitudes e resultados.
Define-se por crença a firme convicção e a conformidade com algo. A crença é a ideia que se considera verdadeira e à qual se dá todo o crédito, ou seja, crença é tudo aquilo que você realmente acredita, seja isso uma verdade real ou não.
A grande questão é o quanto estas crenças têm influenciado ou afetado de forma positiva ou negativa os seus resultados? Talvez você nunca tenha feito esta pergunta, afirmo a você, saber a resposta a esta pergunta ajudará você a entender o porquê de seus resultados, sejam eles bons ou não. Além de influenciar as nossas ações e interferir diretamente em nossos resultados as nossas crenças podem se transformar em barreiras quando se tornam o que chamamos de "crenças limitantes ou limitadoras".

O que são estas crenças limitantes?


São aquelas que nos atrapalham ou nos impedem de conquistar algo ou a tomar alguma atitude que é importante para o nosso desenvolvimento. Um exemplo prático de crenças limitantes é quando você diz que "eu não consigo estudar, já fiz de tudo e não consigo aprender", isto é uma crença, é algo que está instalado dentro de você, no seu subconsciente e que é disparada toda vez que você começa a tomar atitudes para aprender e estudar.
É uma questão de crença, se você acredita que possível, as suas atitudes e ações serão tomadas na direção de conseguir, e o contrário também é válido, se você não acredita que é capaz as suas ações irão à direção de não conseguir.
Acredite, é possível reprogramar o nosso sistema de crenças, estabelecendo novas crenças que irão ditar novos padrões de comportamento, proporcionando novas possibilidades que trarão outras conquistas. Lembre-se nem todas as nossas crenças são ruins ou prejudiciais, às que precisamos substituir são as "CRENÇAS LIMITANTES".


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        EXERCÍCIOS

1 - O que são crenças?

2 - O que são crenças limitantes?

3 - Como é possível superar as crenças limitantes?

sexta-feira, 17 de abril de 2020

Como surgiram as religiões


Não se conhece uma época ou civilização que não tenha religião. Ao longo do Paleolítico - período que se iniciou há dois milhões de anos e terminou há dez mil anos - o homem pré-histórico elaborou formas de lidar com o desconhecido que revelam que ele acreditava num mundo sobrenatural e em poderes mágicos. Há pelo menos duas evidências sobre isso:
A primeira são os desenhos que os primeiros humanos faziam nas cavernas, que era uma forma de lidar com o desconhecido.
A outra evidência é o sepultamento dos mortos, mais uma indicação de que a crença na existência de um mundo transcendental surgiu com o próprio ser humano.
O homem , há cem mil anos, também manifestava preocupação com o que haveria além da morte. Quando sepultavam alguém, os punham junto objetos que o morto pudesse precisar na outra vida.
Há também algumas pinturas em pedra que expressam a preocupação do homem pré-histórico com o além.

 O pastoreio, a agricultura e as religiões. 
As condições de vida no Neolítico, há 10 mil anos, fazem surgir dois tipos de religião: 
O primeiro é a religião dos povos pastores, que de um modo geral, acreditavam na existência de deuses celestes. Lá do céu os deuses-astros acompanhavam a procura e a localização dos pastos férteis para os animais. Escutar e interpretar os sinais do céu era vital para esses povos. Os sinais divinos, que passaram a ser anotados, iam se transformando num texto. Daí a importância da palavra, característica das religiões de origem pastoril. 
O segundo tipo de religião é a dos povos agrícolas. Eles acreditavam que os deuses eram a própria natureza e que os ciclos das estações e a fertilidade da terra eram manifestações divinas. A dependência dos fenômenos naturais fez com que valorizassem e transmitissem cada aprendizado sobre os desígnios da natureza. Por conta disso, a tradição se transformou no valor fundamental das religiões desses povos.
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        EXERCÍCIOS

1 -  Podemos afirmar que o homem pré-histórico acreditava na existência de um mundo transcendental?
2 - Explique como os povos pastores construíram seu sistema de crenças.
3 - Em que os povos agrícolas se basearam para expressar sua religiosidade?

POR QUE ESTUDAR ENSINO RELIGIOSO (PARTE I)

A educação da consciência religiosa é direito de todos. Para garantir esse direito, a Lei de Diretrizes e Bases, artigo 33, apresenta o Ensino Religioso (ER) como parte integrante da educação básica. Há quatro grandes temas que fundamentam esse ensino. Neste texto I abordaremos: a compreensão da história e a interpretação da cultura.
A compreensão da história: O fato religioso está presente em diferentes grupos, nações e períodos e quem não o compreende também não compreenderá a história humana. A saga dos faraós do Egito, dos imperadores romanos, dos índios americanos; as carrancas escandinavas e asiáticas; a colonização do Brasil; a história da arte, da arquitetura; a relação entre sagrado e profano e tantos outros aspectos culturais não seriam entendidos na sua essência sem o reconhecimento do fato religioso. O ER oferece uma outra perspectiva para a análise da história.
A interpretação da cultura: A antropologia fala do processo espontâneo que se dá no interior das culturas, responsável pela manutenção e transmissão das tradições de geração em geração. Quanto mais consciente e intencional for esse processo, tanto mais serão fortalecidas a própria identidade cultural e a capacidade de conviver com o diferente e respeitá-lo. O ER será responsável por desenvolver essa competência da questão religiosa.
Com base nestes dois temas do Ensino Religioso (ER), responda as questões abaixo.
FONTE: OLIVEIRA, Adalgisa A. Mundo Jovem. Ano XLI, nº 333, Fevereiro, 2003.
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        EXERCÍCIOS

1 - Como a lei apresenta a disciplina de Ensino Religioso?

2 - Transcreva com as suas palavras  o que você entendeu tema do ER:A compreensão da história. 

3 - Transcreva com as suas palavras  o que você entendeu tema do ER:A interpretação da cultura.